Pequeno Manual Divertido de Como Usar Hashtag

[Disclaimer: se for impaciente, pule direto pra primeira imagem, mas se pá vai gostar do que vem abaixo <3 ]

Vamos falar de coisa séria: coceira. Aquele insetozinho te pica e o comichão alastra pelo corpo todo! Pois é deste jeito que eu vejo a tralha que se alastrou por todo canto nas mídias sociais: hashtag. Pra começar o papo, este bagulho tem vááááááários nomes em português – cerquilha, antífen, cardinal ou tralha mesmo, além de ser conhecido como “jogo-da-velha”.

O parágrafo anterior não vai fazer diferença nenhuma na sua vida, mas o que vem a seguir sim, então continue lendo.

Indexar, classificar, organizar, tá aí o sentido da vida humana, que desde os tempos mais primórdios tenta botar ordem nesta bagunça que é o universo. O índice mais antigo que se tem notícia data de muito antes de eu ter nascido. Depois disto, em 1559 a igreja lançou o Index Librorum Prohibitorum, que catalogava todos os livros que ninguém deveria ler, e que todo mundo foi atrás pra saber o porquê.

Nos tempo modernos, o sistema de índice foi adaptado para internet e passou a ser o nome padrão da página principal de um site (index) – recapitulando a diferença de site e home page: site tem uma bagalhada de páginas, home page é a página principal.

Estamos quase chegando no que realmente importa neste mundelho da social media, fique firme.

Nas redes sociais, o primeiro uso de antífen pra indexar um assunto foi feito por Chris Messina, a 23 de agosto de 2007, no Twitter. Oficialmente, o Facebook só aprendeu a usar cardinais seis anos depois (13/6/13), e é aí onde quero chegar!

Yay, chegou!

As hashtags podem ser o tipping point para sua marca ser vista, seus clientes acharem/compartilharem seu produto, os amigos combinarem aquele protesto maroto, ou simplesmente você encher o cu perfil de likes. Pois é, só que apesar desta história toda, o cerumano não aprendeu a usar a porra do quadradinho!

# Pra começar, uma coisa que me deixa mega irritado, e o pior, já vi muito acontecer nenhuma ferramenta ou plataforma indexa # em imagem, nem que se queira muito. “Profissionais de marketing” conseguem convencer o cliente de que é bem proveitoso e traz muitas visualizações colocar os risquinhos dentro das artes… juro! Pelamordedeus, não acreditem nesta asneira, e não propaguem este caô!

#Outra coisa: cuidado com a cacofonia, caralho! Não vou usar nenhum exemplo nacional pra não melindrar os coleguinhas, só que o mercado tá bombando de tranqueira escrita sem querer! Pra ilustrar sem arrumar quizomba, vai esta maravilhosa cagada da cantora Susan Boyle, #susanalbumparty:

O que era pra ser a festa de lançamento do álbum da Susan (Susan Album Party), acabou por se transformar na Festa Anal na Bunda da Sus (Sus Anal Bum Party), quer dizer…

# Não tente emplacar uma hashtag nova, nunca, nem por decreto do Papa, nem por ordem expressa do Obama, jamais! A menos que seu budget seja milionário, digamos, como o dos Correios, para fazer alarde online e off-line massivamente. Caso contrário, não vai rolar.

# Sabemos que você AMA sua marca, ainda que seja só pelo salário, mas tampouco vai rolar de marcar ela mesma, a não ser que já tenha um mind share ou awareness mega blaster übber!

Então você cria marcações no Facebook? Você deve ser um puta de um formador de opinião!

# Menos é mais, como diria o anão dotado. Tava eu lá, lindo e leve como sempre fazendo assessoria de uma manifestação destas que tem causa saindo pelo ladrão, mas as crianças precisam do leite delas, quando sugeri que os organizadores incitassem as pessoas que acompanhavam a compartilharem suas fotos com marcações do movimento. Ainda sugeri #causasim #outranão (não foi isto, sigilo, sabe…). Pois bem, cinco minutos depois a mocinha do microfone grita para marcarem com #euvimnapasseatacomnomeenormeparaapoiar… Ó-BE-VEO que nenhuma alma usou a cerquilha…